Como diagnosticar um chicote sem ter o esquema elétrico?
Já se deparou com um defeito no chicote elétrico do motor mas, não possuía o esquema elétrico para conferir a continuidade do fio de uma ponta a outra? Pois é! Muitos de nós já precisamos de um único diagrama elétrico para diagnosticar um problema no chicote do motor e simplesmente não encontramos em lugar algum. Mas e se ao invés de perder horas e horas do serviço procurando por um diagrama elétrico, você soubesse uma outra forma de validar se um chicote está rompido ou não? Então confira agora 3 formas de diagnosticar um chicote sem ter o esquema elétrico.
Vale ressaltar que utilizar apenas um desses métodos não garante um diagnóstico perfeito, um complementa o outro. Porém, caso esteja sem recursos e precise de um diagnóstico rápido para tomar rumo, essas dicas podem ajudar. Ah! E no final nós temos algumas dicas valiosas para você garantir que o diagnóstico será perfeito!
- Confira a alimentação e o aterramento do chicote analisado
Pode parecer bobeira mas, muitos reparadores ainda não sabem o quão importante e válido é essa checagem, que pode ser feita com um multímetro simples e básico . Quando um fio do chicote está rompido, a tensão de alimentação do sinal ou aterramento do sensor deixa de existir no módulo, logo, é gerado um código de falha que fica registrado na central responsável pelo monitoramento deste, normalmente com a descrição circuito aberto, sinal incorreto, dados inválidos ou até intermitente. Se você se deparar com um código de falha com essa descrição as chances de ser um fio rompido são muito grandes.
Ah! Mas como eu vou saber quantos volts tem que chegar no conector do sensor ou atuador?! É muito simples. Normalmente (na maioria dos casos) para um sensor ou atuador funcionar é necessário um positivo + (que pode variar o valor conforme a aplicação) e um negativo (aterramento), que pode ser feito pela fixação do próprio sensor ou atuador.
Nas aplicações em linhas leves (ciclo Otto) normalmente encontramos 5V ou 12V. Já nas aplicações em linhas pesadas (de ciclo Diesel) essa tensão positiva pode ser de 5V, 12V ou até 24V, dependendo da aplicação. Quando é utilizado um sinal modulado, como por exemplo o PWM (Pulse Width Modulation) essa tensão pode não ser capturada com um voltímetro.
O mais importante é se certificar de que haja um valor diferente de 0V no fio a ser analisado! Isso já indica que o fio não está partido no meio do chicote pois, caso contrário, não haveria tensão nele.
- Verificar se há mudança no código de falha gerado
Quando um código de falhas é gravado no módulo, é possível ler este código com o auxílio de um "Scanner" (Rastreador Automotivo) facilitando um pouco o processo de diagnóstico.
Se existir uma falha com a descrição "Circuito aberto" por exemplo, você pode conferir no conector do sensor acusado se chega pelo menos: 1 alimentação 5 volts e 1 aterramento negativo. Em alguns casos pode haver apenas um sinal negativo (quando há apenas um fio no sensor, ou o sensor é "rosqueado" no motor). Nestes casos pode-se tentar fazer um "jumper" e verificar se a descrição da falha muda. Cuidado! Um curto circuito em uma tensão que passe pelo módulo sem a proteção de um fusível pode causar danos no sistema. Por isso é importante ter conhecimento do tipo de sinal no conector.
Ao fazer um "jumper" nos fios do conector, você pode verificar se o código de falha muda. No exemplo acima, ele passaria de "Circuito Aberto" para "Curto-circuito". Logo a chance dos fios estarem rompidos é mínima pois, o módulo recebeu a informação de haver um curto-circuito no conector no sensor ou atuador.
- Ativar o componente pelo rastreador (para Atuadores)
Se você possuí um Scanner Automotivo com a função "Ativar Componentes" ou "Ativar Atuadores" poderá fazer um teste rápido para saber se é o chicote que está rompido ou o componente que está danificado.
- Entre com o scanner na função "Atuadores" e procure pelo componente que deseja diagnosticar;
- Desconecte o conector de alimentação do atuador;
- Ative-o pelo scanner e veja se a tensão na ponta do conector é a correta.
Se com o atuador ativado pelo scanner não chegar nenhuma tensão ou chegar um valor abaixo do esperado, possivelmente os fios do chicote deste atuador estarão rompidos. Então será necessário acompanhar a fiação até o módulo abrindo a capa que cobre os fios para analisar visualmente se há fio partido. Caso não haja rompimento, convém medir a continuidade do fio de uma ponta a outra para verificar se não há isolamento como fios queimados ou oxidados internamente.
Caso chegue a tensão esperada, o componente pode estar danificado. Logo será necessária sua substituição.
Dicas Bônus!
Se você já fez tudo isso que citamos aqui e ainda assim não encontrou defeito algum vale a pena se ligar nessas duas dicas bônus que eu trouxe para você!
Dica 1 - Verifique os pinos do conector
Eu mesmo já passei por verdadeiras dores de cabeça por causa de um único terminal aberto, relaxado ou até mesmo pinos "amassados" e entortados.
Depois de quebrar bastante a cabeça procurando defeito no chicote, no sensor e até mesmo no módulo e, não encontrar uma avaria sequer, eu já fui surpreendido inúmeras vezes por um terminal dentro do conector que estava aberto e, por isso, não dava contato nos pinos. Sabendo disso, nunca se esqueça de conferir se os pinos do sensor, atuador ou os pinos do módulo não estão "tortos" lá dentro ou empenados e se o conector de ambos não tem terminais abertos. 😉
Dica 2 - Verifique a trava do conector
Esse é mais um defeito colocado que, às vezes, faz o dono do veículo passar por terríveis problemas no trânsito ou na estrada e, pode ser resolvido em menos de 5 minutos.
Aquela "travinha" do conector é tão importante quanto um chicote que vai até o módulo de injeção eletrônica. Principalmente quando o conector possuí aquela borracha de vedação para não entrar água pois, ela acaba empurrando o conector para fora, afastando os terminais dos pinos.
Então a DICA DE OURO!! Sempre que fizer um diagnóstico no sistema de injeção eletrônica, verifique se não há conectores quebrados ou sem travas pois, eles podem ser os responsáveis por aquela "luzinha" acessa no painel!
Se alguma dessas dicas te ajudou, por favor, comenta aqui embaixo qual era o defeito do seu veículo! Você pode colaborar para muitas outras pessoas que estejam passando pelo mesmo problema! 😉
Estamos sempre adicionando conteúdos como este, que te ajudam a fazer o diagnóstico perfeito! Compartilhe esse material em suas redes sociais! O conhecimento é bem melhor quando compartilhado! 😄
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